Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

06/01/2019

Vivemos num estado policial? (16) / Maldição da tabuada (49) - Sim, vivemos. E por isso os polícias, cujo número não sabemos ao certo, continuam a ser insuficientes

Outros casos de polícia / Outras maldições da tabuada

Recapitulando:

Segundo o relatório da OCDE divulgado em Fevereiro de 2017, Portugal «tem 432 polícias por 100 mil habitantes, um valor que torna a polícia portuguesa 36% mais bem equipada do que as polícias na média dos países europeus» (jornal Eco). Note-se que os GNR são polícias com outro nome e são contados como tais nas estatísticas da OCDE.

Refira-se também que existem 16-sindicatos-16 de polícias e o mais recente tinha em Abril do ano passado 451 associados e 459 dirigentes e delegados.

Novos desenvolvimentos:

Na realidade não são novos desenvolvimentos. É mais do mesmo. Literalmente mais do mesmo.

Desta vez é o Eurostat que com dois anos de atraso nos informa que, afinal, dois anos antes, a Tugalândia já tinha 451 polícias por 100 mil habitantes, mais do que os 432 que a OCDE nos dizia que tínhamos. Como, num caso e noutro, os dados tiveram origem num departamento qualquer do governo português, esta diferença só pode dever-se a mais uma manifestação da maldição da tabuada que assola a Pátria e em especial o Estado português, maldição que explica, entre outras coisas, as dificuldades dos nossos infantes com a matemática e as dificuldades dos pais deles com os orçamentos e as contas.

Sem comentários: