Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

18/01/2019

CASE STUDY: É preciso ser muito saudável para resistir a tanta doença (10.º capítulo). Virada a página da austeridade o burnout é geral

Outras doenças a que resistimos heroicamente

Já não são só os professores universitários. Segundo «os dados mais recentes da Ordem dos Psicólogos e da Associação Portuguesa de Psicologia da Saúde Ocupacional, relativos a 2016, estimam que cerca de 14% dos profissionais no ativo em Portugal sofriam de burnout e 82% estavam em risco elevado de exposição à doença.» (Expresso)

O facto de os dados mais recentes já terem 3 anos não indiciará que os psicólogos também já estão em burnout? E se só 4% dos profissionais no activo não estão em burnout como estarão os profissionais no passivo? E o que se passará com os funcionários públicos que viram o virar da página do Costa reduzir-lhes o horário de trabalho de 40 para 35 horas? Sofrerão mais do que os sujeitos passivos vulgaris?

Teaser: não deixem de conhecer «as 12 etapas que levam o trabalhador de um estado de paixão até ao colapso - na edição do semanário [de reverência] do próximo sábado».

2 comentários:

Anónimo disse...

Na nossa 'culinária' até há as «sopas de cavalo cansado».

Durante 12 anos, até 1979, eu trabalhei, uma vez por semana, 28 horas 'non-stop'.
E muitos outros como eu. E ninguém ardeu. Num serviço do Estado. Claro que nos roubavam no vencimento sempre que podiam.
A partir daí, com as «conquistas do glorioso», passou-se a trabalhar menos e a vencer um niquinho mais. O estilo de gamanço do patrão não mudou.

Anónimo disse...

Claro que toda a gente que tem o estado como patrão está queimada (burned out).
Porque, em vez de trabalharem para os outros (o próximo) trabalham — e quando trabalham — só para si, por um mísero ordenado e sem ninguém os elogiar. Aí entram no circuito da actividade privada. Alí recebem mais do que no 'público'. Ajudados por um bom contabilista, sempre se safam no IRS.
E ficam desanimados quando vêm o recibo do estado. A melhoria do próximo não os fascina.
O recibo do 'privado' já os alegra...
Os Psi qq coisa são os mais incompetentes funcionários jamais vistos neste país. Quer Públicos, quer privados.
Um Psi qq formado no ISCTE ou noutra instituição de igual baixo nível, nunca será visto por um empregador como um Psi qq capaz.