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04/04/2018

A mentira como política oficial (41) - A arte de furtar o corpo à indignação dos «artistas»

Há mais de uma década que aqui no (Im)pertinências definimos «teatro independente» como o teatro que depende do estado; o teatro a quem o estado diz «toma lá dinheiro e faz qualquer coisa» (A. Feio). Por extensão, o conceito pode aplicar-se a qualquer outra arte «independente» cujo público é um qualquer júri a quem pagam para dar pareceres.

O rigor desta definição já foi muitas vezes confirmado e está a sê-lo uma vez mais com esta manifs de «artistas» cobrando de Costa o seu oportuno e interessado apoio durante a caminhada para S. Bento.

Vem a propósito relevar mais uma das costumeiras mentiras de Costa furtando o corpo à reacção dos «artistas» e tirando o tapete ao seu secretário de Estado da Cultura que em conferência de imprensa se descoseu assim:
«Desde que anunciou o reforço de 1,5 milhões de euros no Museu Nacional de Arte Antiga o primeiro-ministro está completamente a par daquilo que se passa. Portanto, não percebo porque é que ele possa ter ficado surpreendido».

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