Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

17/07/2014

Lost in translation (207) – «Não corporativo», disse ela

Os advogados manifestaram-se à frente do parlamento protestando contra a reforma judiciária e o fecho de tribunais. A bastonária que recebeu o bastão do Dr. Marinho e Pinto infligiu a seguinte bastonada ao jornalista de causas do Expresso «foi o maior protesto de cidadania não corporativo de que tenho memória».

É interessante verificar, mais uma vez, que as corporações se travestem de associações cívicas  lutando por causas nobres e objectivos generosos para disfarçar a defesa dos seus interesses corporativos: os médicos juram lutar pelo SNS e os advogados pelo que chamam o «acesso à justiça» que consistiria em polvilhar com tribunais (e, claro, gabinetes de advogados) as mais remotas e desabitadas freguesias do país.

Sem comentários: