Não sei se o governo encomendou ou não relatório, nem isso é relevante quando se trata de uma organização internacional como a OCDE dirigida por um Angel Gurría que fez várias vezes o backup às acções de agitprop orçamental do governo de José Sócrates (como aqui). Em contrapartida, sabemos todos os que queremos saber que o estudo «Rising inequality: youth and poor fall further behind», Insights from the OECD Income Distribution Database, certamente não encomendado pelo governo português, aqui comentado o mês passado pelo Pertinente, permitiu desmistificar vários mitos e concluir:
- Em Portugal as desigualdades aumentaram apenas moderadamente e em relação aos rendimentos disponíveis (isto é, rendimentos depois de impostos e subsídios sociais) as desigualdade diminuíram;
- Os rendimentos disponíveis das famílias tiveram quedas maiores ou mesmo muito maiores na Grécia, Islândia, Espanha e México do que em Portugal;
- Em Portugal os mais afectados foram os ricos.
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