Se em vez de um jornalismo de causas dominante, tivéssemos um jornalismo profissional e independente, se o PS tivesse, em vez de gente ansiosa por uma sinecura, militantes e simpatizantes medianamente inteligentes e razoavelmente autónomos, se Portugal tivesse, em vez do peso desmesurado de analfabetos funcionais, uma opinião pública esclarecida:
- A entrevista do Público a António Costa de ontem teria sido uma certidão de óbito e não um manifesto eleitoral recheado de lugares comuns e de contradições - «um dilúvio de palavras num deserto de ideias»;
- Os socialistas começariam já a procurar um líder alternativo ao secretário-geral eleito e ao putativo secretário-geral ungido por Mário Soares, os artistas, a «intelligentsia» corporativa e as câmaras-de-eco do regime;
- António Costa teria perdido com aquela entrevista quaisquer hipóteses de vir a ser primeiro-ministro.
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