Foi o autor moral da intervenção do Estado na TAP, que implicou assumir a dívida e os riscos de uma empresa insolvente, pagar ao investidor estrangeiro cerca de 50 milhões de euros por uma participação cujo valor seria, naquela data, negativo, e dizer que o outro accionista privado seria reduzido a pó, como se veio a verificar…
Foi o pai do plano de recuperação da TAP, que envolveu medidas inéditas e vedadas aos empresários privados, que consistiram em cortes significativos dos salários e um despedimento colectivo (anulado pelos tribunais, por ilegalidade) e que culminou com um aporte de capitais públicos de 3.200 milhões de euros.
Cometeu um erro de percepção política quando anunciou, sem cobertura do primeiro-ministro e do Conselho de Ministros, a nova localização do(s) aeroporto(s) de Lisboa, o que conduziu a uma das maiores humilhações e vexame políticos da nossa democracia. Nem assim se demitiu…
Não contente com tal humilhação, a arrogância, conjugada com ignorância, decidiu passar a gerir a TAP via WhatsApp, num informalismo e impreparação profissional postos a nu na comissão parlamentar de inquérito à TAP.
Relembro apenas dois episódios dessa gestão: a autorização do despedimento e pagamento da indemnização milionária à administradora Alexandra Reis, que primeiro negou e depois se lembrou, e a cobertura ao seu secretário de Estado para alterar um voo para agradar a Sua Excelência o Senhor Presidente da República em detrimento de centenas de passageiros. Tais erros ou cicatrizes levaram inelutavelmente ao pedido da sua demissão.
No referido discurso aos seus apoiantes (entre os quais despontava o Ministro da Educação ou o Presidente da Câmara Municipal de Gaia, condenado por peculato e perda do seu mandato), acusa despudoradamente a direita de ter cortado as pensões e os investimentos na escola pública e no SNS e de se aliar no futuro ao Chega, partida racista e xenófobo.
Se não fosse para rir era mesmo para chorar. Esqueceu-se que esses cortes foram negociados e acordados entre o então primeiro-ministro Sócrates com a troika e a conjuntura económica que a isso a respectiva governação conduziu.
Numa entrevista no mesmo dia para a SIC, não escondeu que se for necessária uma aliança com a extrema-esquerda (apoiante de Putin, contra a NATO e com posições anti-semitas) para tomar de assalto o poder não hesitaria.
Finalmente, decretou que nos próximos quatro meses não se falaria do processo judicial de tráfico de influências que abalou o nosso sistema político. Infelizmente a realidade lhe ditará que muita água correrá sobre esse leito, pois não é fácil esquecer que o Chefe de Gabinete tinha espalhado dinheiro vivo na residência oficial do primeiro-ministro, que o ex-melhor amigo do primeiro-ministro está indiciado por tráfico de influências e que existem escutas comprometedoras do primeiro-ministro.»
Diogo Horta Osório no Jornal Económico
2 comentários:
Se dissessem ao ""Ilustre Zé Maria" que , passado pouco mais de um século o seu Dâmaso chegaria " às Secretarias"...
O Santos pró putin,Anti semita diz o incomtinente...que os unicos 3 hidrocefalos nacionalistas lambe cús do totalitarismo comentadores anónimos deste blog que em vez de massa cinzenta têm xixi na cornadura venham aqui marrar com pensadores livres(moi) é de ser condescendente com tais atrasados mentais...agora o Sr. Incomtinente dizer tambëm uma aldrabices é mau,muito mau!
O Santos vai ser o proximo primeiro ministro da vossa terreola,nem sequer há duvidas e como havia de haver com um mano gemeo no pêssdê?
Xuxalismo total na terreola!Total!
Pró-putin,anti-semita...pois...
Viva a Maçonaria e o kit anti-diarreia!
Bosta pra todos e sende muy felices!
Basilio el coiso
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