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14/07/2019

No estado da Nação o que é bom não se deve a Costa e o que se deve a Costa não é bom

Afinal qual é o estado da Nação? Segundo o Dr. Costa é um estado bom, segundo a oposição é um estado mau. Segundo comunistas e berloquistas, o estado da Nação tem dois estados: o estado bom que é sua obra e, vá lá, do pedronunismo (a parte boa do PS) e o estado mau, obra de Costa.

Segundo a imprensa do regime, o estado da Nação tem partes boas e, no caso da imprensa dita séria, aqui representada pelo semanário de reverência, tem parte menos boas. Para dar exemplos de partes boas, o emprego aumentou 318 mil e o desemprego caiu de 12,4% para 7,0%. O contributo do Dr. Costa para o primeiro foi "apenas" um aumento de 24 mil no número já pantagruélico de servidores do Estado, como lhes chamavam no antigo regime. Para o segundo, o contributo foi nenhum, visto que nunca existiu desemprego porque os servidores do Estado têm emprego vitalício. Outra parte boa citada foi o aumento das exportações que em percentagem do PIB passou de 40,4% para 43,6%. É um poucochinho exagerado atribuir ao Dr. Costa o aumento das exportações (aumento que de resto está a transformar-se em redução percentual...) porque a única coisa que o Dr. Costa tentou exportar, sem sucesso, foi a geringonça.

Ocorre-me, pois, a conhecida anedota do doutorando que plagiou a tese e a quem um dos arguentes disse «a sua tese tem parte boas que não são originais e partes originais que não são boas».

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