Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

16/08/2018

Pro memoria (384) - Paddy Cosgrave como gestor de eventos ao serviço da geringonça

Paddy Cosgrave convidou Marine Le Pen para o Web Summit deste ano com o propósito, segundo explicou, de promover o debate e a discussão sobre a emergência da extrema-direita. Sem surpresa, os megafones do berloquismo nos mídia fizerem sentir a sua "indignação".

Com grande descaro, Cosgrave começou por colocar a decisão nas mãos do governo. Com o habitual sentido de oportunidade, Costa aproveitou a ocasião para mostrar serviço de independência e devolveu a decisão a Cosgrave que teve uma epifania e tuitou «é agora claro para mim que a decisão correta para a #WebSummit é retirar o convite a Marine Le Pen».

Estou com o jornalista António Costa (mera coincidência) que concluiu:

«Tendo em conta que há uma negociação em curso entre o Web Summit e o Estado português para o prolongamento do evento em Lisboa por mais dez anos, não é difícil antecipar que este acordo já estará fechado. Paddy Cosgrave colocou-se nas mãos do governo, arriscou a sua credibilidade e independência, e do próprio evento. Só pode ter uma explicação: o Web Summit acabou tal como o conhecemos, mas vai continuar por cá mais uns anos.»

Sem comentários: