Estória
Haverá uma boa explicação para o CDS ser um viveiro de socialistas eméritos que ao aproximar-se a terceira idade fazem o coming out? Talvez seja o «S». Seja como for, assim de repente, para só citar la crème de la crème, ocorrem-me o professor Adriano Moreira, o professor Freitas do Amaral, o Dr. Basílio Horta. Tenho esperança de um dia poder acrescentar a esta lista o Dr. Paulo Portas.
Talvez o caso mais exemplar seja o de Freitas do Amaral a quem o (Im)pertinências já identificou várias fases: cristão-democrata, rigorosamente centrista, social-democrata, socialista e indeciso. Ultrapassada esta última fase, surgida das angústias da sua participação no governo que mais arruinou o país, Freitas do Amaral retornou à casa socialista fazendo coro com Mário Soares nas suas críticas ao governo de Passos Coelho.
Numa das suas últimas aparições com a persona socialista, Freitas do Amaral deu mais um salto na sua evolução e revela o seu desvelo pela democracia directa declarando em entrevista ao DN que «o povo tem de dizer se concorda ou não com este caminho».
Para quem possa ter dúvidas, o «caminho» a que o emérito socialista se refere não é o caminho feito pelos sucessivos governos, incluindo os que ele participou, que nos conduziram à insolvência onde nos encontramos, «caminho» percorrido com o seu aplauso ou silêncio, conforme as ocasiões, mas um outro «caminho» feito por imposição dos credores.
Moral
«O arrependimento é um segundo pecado» (Baruch Spinoza).
RETROSPECTIVA: Um breve historial impertinente de algumas das muitas ressurreições do professor Freitas do Amaral.
LEMA: «Os cidadãos deste país não devem ter memória curta e deixar branquear as responsabilidades destas elites merdosas que nos têm desgovernado e pretendem ressuscitar purificadas das suas asneiras, incompetências e cobardias.»
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
24/11/2012
ESTÓRIA E MORAL: Os arrependidos
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2 comentários:
Não há dúvida que este fenómeno de viragem à esquerda com a idade merece ser analisado. A conclusão a que eu cheguei é que quando estão no poder são de direita (até o Bochechas pôs o socialismo na gaveta), fora do poder sentem-se invejosos e ressabiados. Confirmando que o que move a esquerda é principlamente a inveja.
Julgo que o Impertinente está fora desse perigo, de virar à esquerda com a idade, mas nunca se sabe...
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