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26/11/2012

CONDIÇÃO MASCULINA: Minoria mentalmente diminuída

Sabendo-se que a maioria dos estudantes que entram nas universidades e a maioria cada vez mais esmagadoras dos licenciados são do sexo feminino não deveria ser surpresa que sejam igualmente raparigas a maioria dos vencedores de bolsas de estudo para o ensino superior atribuídas pelo programa «Quero Estudar Melhor» promovido pelo Expresso e a Prébuild .

Só a proporção é surpreendente: 26 dos 37 vencedores. Também é surpreendente 23 dos 37 ter optado por design, mas isso são contas de outro rosário e vou agora só tratar do sexo.

Como explicar este fenómeno? Sempre podemos embrulhar estes factos em treta politicamente correcta, ficando na mesma. Há certamente várias explicações possíveis, mas a que me parece aderir melhor aos factos é a mais politicamente incorrecta. Desde há décadas, as «reformas» inspiradas pelos filhos de Rousseau que enxameiam o ministério da Educação têm transformado gradualmente as escolas em lugares de procura da felicidade e do bem-estar, afrouxando a disciplina e o grau de exigência. Ao mesmo tempo, o ensino secundário tem sido cada vez mais assegurado por mulheres professoras o que num país com uma cultura profundamente feminina vem acentuando um handicap aos rapazes que precisam de um modelo masculino forte e um ambiente mais disciplinado e competitivo, ao contrário das raparigas que são mais cooperantes.

As coisas agravam-se com a crise da família que, multiplicando as mães solteiras ou divorciadas, retira a muitos rapazes um modelo masculino próximo, deixando-os sozinhos com mães emocionalmente carentes, concentradas em desculpar as falhas e asneiras dos seus queridos rebentos e preparando-os com a maior das inconsciências para estragar as vidas das suas futuras noras. Como seria de esperar, tudo se complica quanto mais baixa é a classe social e as escolas das zonas mais pobres estão aí para o comprovar.

Como vamos sair disto? Não será fácil. O mais fácil é tratar o problema pela via do politicamente correcto: considerar a maioria dos rapazes como uma minoria mentalmente diminuída e conceder-lhes quotas e um acompanhamento especial.

1 comentário:

Maria disse...

ahahaha, bem pensado!