Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

22/06/2011

Presunção de inocência ou presunção de culpa?

De um lado temos o Sr. Mário Machado, o führer da Hammer-skins Portugal, que alega poder provar «quer os titulares, quer o fluxo de capitais entre 1999 e 2001 de vários familiares do ex-primeiro-ministro José Sócrates, através de contas offshore nas ilhas Caimão, na ilha de Man, em Gibraltar e no estado do Wyoming, Estados Unidos, assim como títulos de propriedade de automóveis de alta cilindrada, acções PSI-20 e imóveis em Setúbal». Do outro lado, temos a figura pública envolvida em mais trapalhadas nos últimos 100 anos (é preciso fazer a lista, outra vez?), facto, só por si, com potencial para inverter o ónus da prova numa abordagem pragmática.

Em quem acreditar? O dilema só não é irremediavelmente irresolúvel em termos práticos porque o passado da criatura acusada torna evanescente a probabilidade de ser verdadeira a sua versão.

Sem comentários: