O pacote mínimo de ajuda à Grécia estimado em 40 ou 50 mil milhões euros há umas semanas é agora 110 mil milhões e nos meios financeiros admite-se possa vir a atingir 150 mil milhões. Mesmo não ultrapassando os 110 mil milhões, o custo do bailout já bateu todos os recordes (ver primeiro diagrama, em dólares).
Quanto ao défice e à dívida pública também foram revistos em alta (ver segundo diagrama) e é agora inegável que o défice em 2013 será mais do dobro do previsto inicialmente e a divida pública continuará a aumentar, ao contrário das estimativas anteriores.
Aceitam-se apostas como as projecções do défice e da dívida pública virão ser revistas em alta antes do final do ano. Porquê? Se, diz-se, a fiabilidade das contas públicas gregas é inferior à das portuguesas, se as contas públicas portugueses nos últimos anos têm sido ajeitadas como se viu (*) e como ainda se há-de ver, imagine-se o lixo ainda por descobrir debaixo do tapete grego.
[Fonte: Greece's Costs Seen Exceeding EU-IMF Help, WSJ]
(*) Ver a série de posts I a IX de Lost in translation – Rigor? Já fizemos engenharia orçamental no passado. Voltaremos a fazê-lo no futuro, queria ele dizer.
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