Em 2006 o ministério da Justiça deu uma mãozinha ao pior ministro melhor dos piores ministros das Finanças para este ajudar o querido líder a demonstrar que «está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor no défice do que eu». A mãozinha consistiu no leaseback de imóveis que os serviços do ministério da Justiça ocupavam avaliados em 230 milhões, milhões que foram despejados no buraco negro do défice. Para continuar a ocupar esses imóveis, o ministério passou a pagar cerca de 5% de renda, percentagem abaixo do que em condições de mercado seria normal na época, facto que indicia uma outra manobra: a subvalorização dos imóveis.
É apenas mais um exemplo da engenharia financeira que os governos Sócrates (e quase todos os outros que o antecederam) levaram a cabo para realizar as operações de cosmética do défice. Aparentemente, é sol na eira (redução do défice) e chuva no nabal (mais uns cobres para aliviar a tesouraria). De facto, é mais o contrário: empurrar com a barriga o problema para a frente, adicionando uns milhões de euros de rendas aos défices ceteris paribus dos anos subsequentes.
É apenas mais um exemplo da engenharia financeira que os governos Sócrates (e quase todos os outros que o antecederam) levaram a cabo para realizar as operações de cosmética do défice. Aparentemente, é sol na eira (redução do défice) e chuva no nabal (mais uns cobres para aliviar a tesouraria). De facto, é mais o contrário: empurrar com a barriga o problema para a frente, adicionando uns milhões de euros de rendas aos défices ceteris paribus dos anos subsequentes.
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