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Uma das tácticas de manipulação dos governos Sócrates consiste na repetição periódica das suas
alegadas realizações, visando instilar no bestunto dos eleitores distraídos a adição de feitos supostamente notáveis. Os exemplos são uma legião. Tomemos um dos últimos, o lucro de 50 milhões de euros da Estradas de Portugal,
várias vezes anunciado, segundo as contas de 2008 que até hoje não foram publicadas - os cínicos dirão que as contas ainda estar a ser «massajadas», porque como diria o doutor Barroso, sabe-se que o resultado da soma algébrica é 50 milhões, só não se sabe quanto são as parcelas.
Anyway, o passivo da EP equivale a 25 anos dos alegados lucros de 2008.
E, por falar em parcelas, uma delas resulta de reverter para a EP as portagens das SCUTS que os respectivos concessionários deveriam receber e, não as recebendo, vão continuar a ser-lhes pagas as compensações previstas nos contratos de concessão, como
aqui já se referiu. Por estas e por outras, como o financiamento da EP com dinheiros públicos que não têm relação directa com os serviços que presta, o lucro da EP é uma medida tão boa da sua eficiência como o ordenado do filho do patrão é uma medida de sucesso.
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