Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

14/06/2011

CASE STUDY: Here we are, still (4)

[Continuação de (1), (2) e (3)]


Se os mercados não pareciam dias antes das eleições preocupados com o despedimento do querido líder, verdade seja dita, também não parecem impressionados com a nova maioria. Por uma boa razão: por muito bem que a nova maioria venha a governar (e, se o passado é um bom indicador do futuro, devemos moderar as expectativas), os investidores especuladores continuam a antecipar a incontornável reestruturação da dívida. Exageram, dir-se-ia. Nem por isso, olhemos para o gráfico seguinte publicado, nem de propósito, hoje mesmo pelo Desmitos, e é visível a drenagem de recursos financeiros que os juros representam nos próximos anos - um TGV e meio por ano. Ficam peanuts disponíveis para amortizar a dívida e já nem se fala no luxo de investir para crescer (e pagar a dívida).

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