Há quatro anos citei aqui o caso de Peter Boghossian professor assistente de filosofia na Portland State University que com outros autores publicou um paper na revista Cogent Social Sciences onde defendia a tese de que o pénis é uma construção social. Tratava-se de um teste para confirmar que as revistas pseudocientíficas inspiradas na ideologia do género publicam tudo, incluindo os maiores disparates, desde que os papers respeitem o cânone politicamente correcto.
Entretanto, em 2018 Boghossian com outros dois co-autores propuseram para publicação em revistas "científicas" vinte artigos falsos e disparatados dos quais sete foram publicados, incluindo um sobre “queer performativity" em parques urbanos para cães e outro classificando a astronomia como imperialista e propondo que os departamentos de física estudassem dança interpretativa.
É claro que Boghossian ficou marcado e acabou por se demitir há dias com uma carta em que escreveu:
«Procurei criar as condições para um pensamento rigoroso; para ajudá-los (os alunos) a obter as ferramentas para procurar e cultivar as suas próprias conclusões. É por isso que me tornei professor e adoro ensinar. Mas pouco a pouco, a universidade tornou impossível este tipo de exploração intelectual. Transformou um bastião da livre investigação numa fábrica de Justiça Social cujas únicas entradas são raça, género e vitimização e cujas únicas saídas são queixas e divisão.» (fonte)
A manipulação e a censura passaram a fazer parte da universidade como instituição. Foi criado um «complexo industrial de diversidade» nas faculdades com vice-presidentes de diversidade que nas três universidades públicas do Oregon têm uma remuneração média de US $ 262.000 e na Universidade de Michigan há 80 funcionários de diversidade que custam US $ 10,6 milhões. (fonte)
1 comentário:
Da "discriminação positiva" até ao ridículo total
Uma bomba-relógio a não muito longo prazo...
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