O preço da geringonça como albergue espanhol
Quando um dia for feito o balanço dos danos causados pelo albergue espanhol inventado pelo Dr. Costa para formar governo perdendo eleições, aos danos tangíveis resultantes das capitulações sistemáticas ao PCP e ao BE, e pontualmente ao PAN, danos tais como o inchaço do aparelho do Estado, a dívida pantagruélica, o crescimento anémico, etc., deveremos adicionar os danos intangíveis que vão desde a transformação das escolas em fábricas de manipulação das mentes, até coisas mais miúdas como o trespasse do Teatro D. Maria, primeiro a um comunista que queria matar "fascistas" e depois a outro que quer transformar o teatro num centro de propaganda LGBTIQQAAP, ou coisas mais subtis como o mantra do Sr. Jerónimo de Sousa que, em vez de lamentar o fim das liberdades no Afeganistão, celebra a ascensão do fanatismo talibã proclamando «o imperialismo acaba de sofrer mais uma humilhante derrota no Afeganistão.».
O surto inventivo inventado pelo governo do Dr. Costa descompôs-se (já estão a trabalhar para o compor)
A queda de sete lugares no ranking europeu da inovação está a ser um escândalo e um passa-culpas. Na verdade, a queda não carece de explicação, é a subida de seis lugares nos últimos seis anos que deveria ser explicada, como aqui mostra o Impertinente.
Take Another Plan. Decorridos nove meses, o plano do Dr. Pedro Nuno não está "operacionalizado"
Se a nova CEO praticar uma gestão tão sofisticada como o nome (Christine Ourmières-Widener), fará voar a TAP nas alturas. Por enquanto só nos diz que tem «intenção de operacionalizar o plano de reestruturação em outubro». Quem já operacionalizou a oposição à entrada do dinheiro dos contribuintes foi a Ryanair cujo CEO garantiu que não aceitaria a TAP nem de borla. Também S. Ex.ª o PR, operacionalizou a sua conversa sensibilizando Mme Ourmières-Widener para o muito dinheiro dos portugueses que os governos têm torrado na TAP (ele usou o verbo "investir").
Boa Nova
Continuam as celebrações do «segundo maior crescimento da UE no segundo trimestre» resultante da queda histórica de 16,5% no segundo trimestre de 2020, a que se acrescentam as celebrações das «exportações (que) disparam 11% e regressam a níveis pré-pandemia», omitindo que as importações aumentaram 21,4%, pelo que o défice da balança comercial aumentou 662 milhões em relação a Julho do ano passado, e gradualmente o país se aproxima do padrão habitual nas últimas décadas (leitura recomendada O regresso do défice externo, de Daniel Bessa)
Choque da realidade com a boa nova «e a orquestra continua a tocar»
O programa IVAucher de desconto do IVA foi anunciado em Novembro, oito meses após o início da pandemia, era para arrancar catorze meses depois e decorridos dezasseis meses ainda estão por fechar os acordos com a banca.
«Quantas adesões registou o «Chave na Mão – Programa de Mobilidade Habitacional para a Coesão Territorial», pergunta-se Helena Matos, e eu com ela.
A situação nunca é tão má que o socialismo não a possa piorar
O SNS está em decadência pela mão deste governo devido à falta de investimento e à reposição do horário de 35 horas semanais, tudo agravado pela incompetência da gestão. Contudo, se há carência injustificável é a de médicos num país que tem 5,5 médicos por mil habitantes muito acima da média de 3,5 por mil da OCDE e o terceiro maior índice na UE que tem em média 3,8 por mil. Face a esta relativa abundância o ministro da Ciência diz que são precisos mais médicos e anuncia a abertura de mais faculdades de medicina.
As boas notícias, ou o que se faz passar por elas, enchem os mídia. É o notável crescimento do PIB quando comparado com a queda abissal, a redução do desemprego, que não inclui quem desistiu de procurar emprego, e o aumento da população activa, escamoteando a queda de 71 mil empregos de 4.913 mil em 2019 para 4.842 em Julho deste ano, em linha com o aumento de 11,3% das insolvências até Agosto. Queda que não impediu o Dr. Siza, cada vez com menos sizo, de proclamar que «em julho, tivemos o maior número de pessoas empregadas em Portugal do que alguma vez tivemos na nossa história».
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