Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

21/09/2018

La novlangue l'emporte sur le français

Os organizadores de encontros e de manifs em França começaram a convocar étudiant.e.s em vez de étudiants, militant.e.s e adhérent.e.s  em vez de militants e adhérents, em obediência ao que o politicamente correcto designa como l'écriture inclusive que também pretende eliminar a regra da precedência da forma masculina sobre a feminina de que resulta escrever-se «des garçons et des filles inteligents».

Recentemente, um grupo de 314 professeurs e professeuses apresentou um manifesto para alterar essas regras gramaticais e evitar que «le masculin l'emporte sur le féminin».

Apesar da oposição da Académie Française, que se pronunciou formalmente contra «l'écriture inclusive», declarando a língua francesa em «péril mortel», o primeiro-ministro Edouard Philippe decidiu que todos os anúncios oficiais de emprego devem referir-se a «un candidat» ou «une candidate». Como escreveu há tempos a Economist, as referências a «candidat.e.s» continuarão estritamente «interdit.e.s». Por agora.

1 comentário:

Anónimo disse...

https://www.youtube.com/watch?v=Al0c8HPPNOY