Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

27/09/2018

CASE STUDY: A indignação artística acerca da alegada censura de pilas e cus vista à luz da teoria do caos (2)

De volta ao furacão das Caraíbas, que, como vimos, não é uma furacão, e começou por ser uma manifestação de quatrocentas personalidades indignadas contra a alegada censura da obra de Mapplethorpe, artista que, desconfio, não teria despertado este culto se não fosse a temática provocatória, a obsessão transgressiva e a legenda que lhe colaram de herói-vítima das suas preferências sexuais (e de uma mãe castradora, acrescento).

À carta aberta das quatrocentas personalidades sucedeu uma imensa diarreia que se derramou pelas colunas e écrans dos mídia ameaçando submergir a administração da Fundação Serralves. Valeu-lhe o facto de Pacheco Pereira dela fazer parte, como reconhecimento de serviços prestados  - para não citar outros, recorde-se a presença de Costa durante 6 anos no programa Quadratura do Círculo na qualidade equívoca de candidato in waiting à liderança do PS.

Puxando dos seus pergaminhos em matéria de censura e do seu estatuto de pensador do regime, Pacheco certificou as decisões da administração perante a indignação ululante e poupou-a, até ver, à crucificação pelo cada vez mais numeroso exército do politicamente correcto.

1 comentário:

Anónimo disse...

Conversas com PANeireiros