Já aqui contei da ilusão de alguns amigos imaginando durante uma década que no interior da mesma zona monetária poderíamos viver à tripa forra e os défices e o endividamento consequentes seriam irrelevantes, dado não haver desvalorização. Só agora talvez tenham prestado atenção aos fundamentos da previsão de Milton Friedman que não acreditava que a Zona Euro sobrevivesse à primeira crise económica.
Outros e alguns dos mesmos amigos, acalentavam ilusão semelhante com o crescimento do PIB, que não seria muito relevante, seja por causa da Felicidade Nacional Bruta (quando tiver tempo tratarei desta falácia), seja porque o mais importante seria o emprego e - argumento definitivo - estivemos décadas com um dos empregos mais baixos da Europa.
Recordei esta outra fantasia a propósito da taxa de desemprego em Abril divulgada pelo Eurostat (10,8%) que nos coloca no topo da Zona Euro apenas ultrapassados pela Espanha (19,7%), Eslováquia (14,1%) e Irlanda (13,2%).
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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02/06/2010
CASE STUDY: De desilusão em desilusão
Etiquetas:
as aparências iludem,
ecoanomia,
verdade inconveniente
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