Em retrospectiva: o pay gap atribuído à discriminação de sexos (que o politicamente correcto chama géneros) é um dos «factos alternativos» mais populares nos meios esquerdistas. Não é que não exista um pay gap, aliás existem vários, mas desde pelo menos a II Guerra nenhum deles se funda a discriminação de sexos ou de raças. De resto, com a mesma falta de fundamento, seria mais fácil apontar a discriminação entre bem-nascidos e mal-nascidos de ambos os sexos ou, se preferirem, de todos os 112 géneros disponíveis.
Um dia destes deparei-me com o gráfico seguinte onde se representam as alterações entre os anos 2013 e 2017 das diferenças de salário entre os profissionais dos dois sexos com mestrados e os profissionais com licenciaturas, no Reino Unido em diferentes áreas académicas.
Em primeiro lugar, constata-se que nesse período os ganhos dos mestrados em relação às licenciaturas diminuíram nas áreas soft e a aumentaram nas áreas mais técnicas. Em segundo lugar, e mais importante para esta questão "sexual", é que os ganhos das mulheres com o upgrade da licenciatura para mestrado foram em todas as áreas superiores aos dos homens, e no caso das tecnologias muito superiores. Note-se que se estão a comparar os ganhos com a maior qualificação e não os níveis salariais entre homens e mulheres, que certamente continuam ainda a ser superiores no caso dos homens, não por qualquer discriminação, de resto proibida por lei e inaceitável nas empresas, mas pela razão de os homens ainda desempenharem funções e deterem cargos mais qualificados. Aqui a palavra-chave é ainda, porque estes dados demonstram precisamente que as diferenças se estão a reduzir.
The Economist |
Em primeiro lugar, constata-se que nesse período os ganhos dos mestrados em relação às licenciaturas diminuíram nas áreas soft e a aumentaram nas áreas mais técnicas. Em segundo lugar, e mais importante para esta questão "sexual", é que os ganhos das mulheres com o upgrade da licenciatura para mestrado foram em todas as áreas superiores aos dos homens, e no caso das tecnologias muito superiores. Note-se que se estão a comparar os ganhos com a maior qualificação e não os níveis salariais entre homens e mulheres, que certamente continuam ainda a ser superiores no caso dos homens, não por qualquer discriminação, de resto proibida por lei e inaceitável nas empresas, mas pela razão de os homens ainda desempenharem funções e deterem cargos mais qualificados. Aqui a palavra-chave é ainda, porque estes dados demonstram precisamente que as diferenças se estão a reduzir.
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