Estória
Daniel Ortega, o líder da Frente Sandinista que derrubou em 1979 o ditador Anastasio Somoza, foi o "coordenador" da Junta de Gobierno de Reconstrucción Nacional, inspirada no marxismo-leninismo de Fidel Castro, que substituiu durante seis anos o governo Somoza, foi eleito presidente em 1985 em eleições consideradas livres e introduziu reformas de acordo com o catecismo da esquerda latino-americana (nacionalizações e reforma agrária), teve de enfrentar um embargo comercial dos EUA e a revolta dos "Contras". Ortega perdeu três eleições em 1990, 1996 e 2001 e ganhou as de 2006 e todas as seguintes mandando prender os seus potenciais rivais e tornando-se cada vez mais antidemocrático e repressivo.
Com vista a eternizar-se no poder e assegurar a sucessão pela família Ortega, foi aprovada em Novembro uma revisão de Constituição que tornou os tribunais e a assembleia legislativa órgãos do Estado controlados pelo presidente, que passa a poder punir os mídia por "notícias falsas", oficializou a "polícia voluntária" - a guarda pretoriana do regime, criou o cargo de "copresidente" atribuído à actual vice-presidente e sua esposa Rosario Murillo que é vista como inspiradora da repressão feroz dos últimos anos e que lhe sucederá. Os filhos de ambos foram nomeados para cargos importantes.
Moral
Os esquerdistas revolucionários têm o culto do Estado e são contra a família, excepto a sua própria família.
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