É um facto há muito conhecido que nos EUA a mortalidade infantil (bebés com menos de um ano) dos bebés negros é dupla dos brancos. Em 2020 um estudo publicado nos Proceedings of the National Academy of Sciences, concluiu que quando os bebés negros eram assistidos por médicos negros a mortalidade infantil diminuía para metade, uma conclusão muito convenientemente alinhada com o zeitgeist da época, ao ponto da Association of American Medical College se referir ao estudo como prova de «para recém-nascidos negros de alto risco, ter um médico negro é equivalente a um medicamento milagroso».
Em Setembro, um outro estudo (Physician–patient racial concordance and newborn mortality) de George J. Borjas e Robert VerBruggen, igualmente publicado nos Proceedings, analisou os mesmos dados do estudo anterior, identificou erros metodológicos e conclui que o peso demasiado baixo no nascimento tinha uma influência decisiva porque os bebé com menos de 1,5 kg representavam metade da mortalidade infantil e quando se considerava o peso não foi encontrada diferença mensurável entre os partos assistidos por médicos negros ou brancos. Na verdade o que se passou foi que os partos prematuros de bebés com peso insuficiente eram sobretudo assistidos por médicos brancos.
A Economist citou ambos os estudos e comentou estas conclusões sublinhando que o propósito principal que deveria ser a prevenção dos partos prematuros foi ignorado no primeiro estudo, estranhando que a questão do peso dos bebés não tenha sido considerada nem abordada no processo de revisão e sugerindo que os investigadores, as instituições e os mídias têm em certos casos duplicidade de critérios e se preocupem mais com a conformidade ideológica com as teses do áctivismo anti-rácista do que com a ciência. That's it.
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