Perante um sismo vulgar de Lineu, perdão de Richter, que não causou danos para além de um prato partido numa casa em Sines, um sismo em que as autoridades do Portugal dos Pequeninos não tiveram de fazer nada, num país em cuja capital só as pessoas que menstruam e as pessoas que ejaculam sofrendo de insónias sentiram qualquer coisa que poderia ser o bater de uma porta, as autoridades pronunciaram-se assim (por ordem hierárquica):
Presidente da República: «muito boa coordenação entre o Governo e a Proteção Civil, muito poucos minutos depois de ter sabido e de ter ocorrido o sismo».
Primeiro-ministro (de férias): «Agradeço a prontidão da Proteção Civil e autoridades no acompanhamento do sismo ocorrido ao largo de Sines. Realço a serenidade da reação do povo português. Sem alarmismos, continuaremos a trabalhar na prevenção e capacidade de reação para garantir a segurança de todos.»
Primeiro-ministro (em funções): «Foi um teste real às nossas capacidades de resposta».
Presidente da câmara de Lisboa: «Desde há dois anos que lançámos duas sirenes anti-sísmicas no sentido de alertar para tsunamis, uma delas no Terreiro do Paço».
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