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30/08/2024

ARTIGO DEFUNTO: Para o jornalismo de causas um monopólio estatal é sempre preferível a uma parceria público-privada

Está em negociação, por iniciativa da Cuf Saúde, um projecto de partilha de dados de saúde entre os operadores privados e o SNS. Como deveria ser evidente, é uma iniciativa em que todos ganham e, sobretudo, a quem recorre a qualquer desses prestadores de serviços, a quem os amantes do Estado sucial chamam "utentes".

Sem surpresa, a esquerdalhada acantonada nas redacções ao ler ou ouvir a palavra "privados" teve o habitual reflexo pavloviano e pôs-se em campo para coleccionar contra-indicações. Para citar um só exemplo que vale por todos, o do diário Público, também conhecido pelo Avante! da família Azevedo, a jornalista de serviço foi consultar o Dr. Julian Perelman, economista e professor da Escola Nacional de Saúde Pública, que exprimiu preocupação com «o projecto ficar nas mãos "de três ou quatro grandes grupos" (o que) "impede completamente outros grupos de emergir, porque eles vão ficar om uma vantagem enorme"».

Apesar de não haver razão nenhuma para o «o projecto ficar nas mãos "de três ou quatro grandes grupos", naturalmente desde que os operadores interessados estejam dispostos em investir na infraestrutura tecnológica para garantir a partilha de dados com segurança, é louvável a preocupação do Dr. Perelman com assegurar a igualdade com outros operadores, preocupação que passa ao lado da situação actual em que a quase totalidade dos dados de saúde está monopolizada por um único grande operador estatal controlado por apparatchiks e gerido com competência discutível to say the least.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tudo serve para tempo de antena.....Se escassearem as noticias fabricam-se......