Dr. Costa goes to Brussels
Há anos que se especula um suposto desejo recalcado do Dr. Costa de ter um posto em Bruxelas. E porque não? Se o Eng. Sócrates foi para Paris e o Eng, Guterres e Dr. Sampaio para Nova Iorque, porque não o Dr. Costa para Bruxelas. Assim parece, quando se vê que alinhou no governo os candidatos à sua sucessão e colocou por baixo de si próprio (salvo seja) um secretário de Estado dos Assuntos Europeus, et pour cause.
Diferentes mas iguais
É o primeiro governo do Portugal dos Pequeninos com tantos cromossomas XY quantos XX, se não contarmos com o Dr. Costa, que para se conseguir a paridade completa deveria ser hermafrodita. Segundo o critério de Mme Giroud (a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres seria alcançada quando uma mulher incompetente fosse preferida a um homem competente), com este governo e sem o Dr. Costa atingiu-se finalmente a igualdade entre os sexos a que chamam "géneros".
No final de contas, importa pouco a composição do novo governo
Em todo o caso, há alguns membros que se destacam. Uns pela sua inexistência, como a Dr.ª Antunes, na Agricultura ou a Dr.ª Abrunhosa, na Coesão Territorial. Outros pela persistência na asneira, como o Dr. Pedro Nuno, nas Infraestruturas (vai acabar o trabalho que começou na TAP). Outros pelo contributo que podem dar à construção do Estado sucial, como o Dr. Costa Silva, na Economia, que num país aspirado pelo Estado defende «mais Estado na Economia». Um destaque especial para o Dr. Adão e Silva, na Cultura, que à sua escala e mutatis mutandis poderia fazer o papel de uma espécie suave de ministro do agitprop socialista.
Então não estamos a crescer mais do que a Óropa?
Não, não estamos. Os dados de 2021 do Eurostat mostram que o PIB per capita PPC português desceu de 76% para 74% da média da UE, é o sétimo mais baixo e foi ultrapassado pela Polónia e a Hungria. Apenas em alguns anos a Roménia, a Letónia, a Croácia e a Eslováquia, sobreviventes do colapso do império soviético, irão também ultrapassar o Portugal dos Pequeninos sobrevivente de um Estado sucial governado por sucialistas.
No Estado Sucial não há conflito de interesse. Há interesses em conflito
A SIRESP, empresa pública que gere o sistema de comunicações de segurança e emergência (sim, esse mesmo que falhou rotundamente os incêndios de 2017), segundo a sua administradora, está a favorecer num concurso de 100 milhões, pela mão de um secretário de Estado, a Motorola, actual fornecedora dos serviços.
«Estamos preparados»
«Estamos preparados»
Os serviços de urgências dos hospitais estão novamente em ruptura e não, não é por causa da pandemia que neste momento já não é um problema. Segundo o director das urgências do Hospital de S. João, o problema é o «excesso de procura», o que no linguajar do SNS significa o défice de oferta. No Sul, o problema são as «falsas urgências», o que no linguajar do SNS significa que pessoas que não encontram resposta nos centros de saúde procuram desenrascar-se nas urgências. É relativamente claro que este problema nunca será resolvido num sistema burocrático centralizado atestado de profissionais sem motivação e gerido por gente incompetente, que procurará explicações na "falta de recursos" e na falta de "civismo" dos clientes, a quem chamam "utentes".
Ineficiente, sempre. Ineficaz quando possível
Em consequência de mais uma alteração ao Código do Processo Penal, a justiça penal está à beira do colapso como explica aqui o prof. Menezes Leitão. Por falar neste Código, sabeis que já teve 29-versões-29 desde 2004 (ainda há quem diga que não há inovação em Portugal)? Porquê? perguntareis. Há duas respostas simples: (1) incompetência e (2) criação de alçapões por onde os acusados do regime possam escapulir. A explicação mais provável é que se trate de uma mistura das duas.
Para ajudar ao colapso da justiça penal, os tribunais dizem-se em «risco de ruptura por falta de funcionários» e os tribunais de Lisboa dizem-se em racionamento de papel.
O sucesso sucialista é feito de robalos e de roubá-los
Para quem tenha má memória, recordo que o Dr. Armando Vara, um amigo do peito do Eng. Sócrates que encomendou a sua nomeação para administrador da Caixa ao Dr. Teixeira dos Santos, que substituiu o Dr. Campos e Cunha que recusara a encomenda. Uma vez na Caixa, o Dr. Vara em associação com o Dr. Santos Ferreira fez a Caixa comprar acções do BCP em colusão com o Dr. Berardo e outros a quem a Caixa financiou com esse propósito, após o que se mudaram ambos para a administração do BCP onde prosseguiram a sua missão de colocar a banca ao serviço do sucialismo. Um dos serviços menores prestados foi o financiamento de um negócio de sucata pelo qual o Dr. Vara admitiu em tribunal ter recebido uma caixa de robalos. O tribunal condenou-o a cinco anos o que, admito, é uma pena pesada para uma caixa de robalos, e mais tarde a dois anos por branqueamento de capitais. Foi a propósito desta última pena que se concluiu que o Dr. Vara recebe a subvenção vitalícia como deputado que acumula com pensão da SS, tudo por junto mais de uns bem merecidos 8.500 euros. Ditosa pátria que tal filho teve.
A chave do Dr. Costa abre a porta do racionamento
O Dr. Costa, como qualquer socialista, perante o aumento dos preços dos combustíveis defende o a fixação do seu preço ou então a redução do IVA o que sendo uma ideia aparentemente boa tem um pequeno problema, a saber: a dimensão pantagruélico do Estado sucial exige impostos altos para o pagar, de onde, se reduzir o IVA dos combustíveis, tem de aumentar outros impostos.
Take Another Plan
Lembram-se como o hub do aeroporto de Lisboa era importantíssimo e atraía a inveja de tudo quanto era operador de aviação? Pois bem, terminou o prazo para entrega de manifestações de interesse nos 18 slots disponível na Portela e os únicos interessados foram duas low cost: Ryanair e easyjet Todos os grandes operadores desde a Air France-KLM à Iberia-BA passando pela Lufthansa não estão interessados. Entretanto, a Ryanair anunciou que vai cancelar no próximo Verão 19 rotas e 5 mil voos.
A EFACEC foi nacionalizada há quase dois anos e está desde então para ser vendida todos os meses. O prejuízo de 2021 que era para ser de 60 milhões passou a 189 milhões e as garantias que o Banco Português de Fomento de 99 milhões são ilegais. A EFACEC é um case study das intervenções sucialistas em empresas inviáveis onde se torra capital que escasseia para as empresas viáveis. O Banco de Fomento é outro case study, das entidades financeiras que deveriam dedicar-se ao investimento de risco em startups inovadoras e acabam em fazer investimento a fundo perdido em empresas sem futuro.
Não é ainda o fim. É apenas o princípio do princípio
A taxa média ponderada da dívida pública emitida em 2020 atingiu o mínimo de 0,5%. Desde então tem vindo a subir e em Janeiro deste ano é 1,1%, mais do dobro de 2020. Quanto ao endividamento da economia aumentou em 2021 quase 17 mil milhões de euros para 768,1 mil milhões. É um bom começo.
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