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07/01/2020

ARTIGO DEFUNTO: O mártir é do Expresso ou do regime despótico dos aitolás?

Título do Expresso Diário
É discutível se a execução de Qassem Soleimani tem sentido estratégico (não parece ter) e se não foi um erro executá-lo (foi), além, evidentemente, de ter sido uma violação do direito internacional comparável, ainda que a uma escala mínima, com as violações de que o próprio Soleimani foi agente.

Porém, é um poucochinho exagerado chamar mártir ao comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária que entre outros feitos apoiou Bashar al-Assad na guerra civil síria que fez meio milhão de vítimas e organizou o terrorismo e a guerra por procuração no Médio Oriente.

2 comentários:

Afonso de Portugal disse...

"mártir".... ahahaha jornalismo imparcial e de qualidade!

Anónimo disse...

Bom... por outro lado é necessário reconhecer que o Soleimani combateu realmente o Estado Islâmico - ao contrário de uns sujeitos que o criaram, armaram e fingiam combatê-lo.
Já vi muita prosa por estes dias, mas nenhuma que vá ao cerne do problema: uma vez mais, como tem acontecido nos últimos 100 anos, os Estados Unidos andam, a toque de caixa, a combater as guerras alheias.