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E por falar em mentira - que por vezes tem perna curta -, depois de meses a empurrar Tomás Correia para cima da ASF, a quem não deu poderes para avaliar a falta de idoneidade da criatura, soube-se agora que o parecer do BdP aconselhou Vieira da Silva a prever na lei "expressamente" e "de imediato" a avaliação.
Continuando na perna curta da mentira, o ministro dos Negócios Estrangeiros nega ter pedido a desculpa a Angola pela trapalhada do bairro Jamaica, desculpa que o seu homólogo garante ter ser pedida. Por precaução, não aconselho a apostar em nenhum destes cavalos.
Além da gratidão do grupo Impresa, Costa e os socialistas podem também contar com a colaboração de Ti Célito que revigorado pelo banho angolano, prosseguirá a sua colaboração com o governo e os seus associados comunistas, berloquistas e animalistas na construção da Geringonça 2.0. Bem hajam todos porque, se temos de chegar, cheguemos mais depressa possível.
A semana que passou viu ir para o ar mais uma criação do governo, a agência espacial Portugal Space que tudo indica irá fazer voar as vacas de Costa que já começaram a aterrar. Como quase todas as criações de todos os governos, esta terá muito provavelmente o mesmo destino das outras, a saber: alojar umas centenas de ASPON que torrarão um orçamento sempre insuficiente pela levar a cabo as patrióticas missões.
Entretanto, mais próximo da terra, o Novo Banco continua a somar imparidades, isto é a juntar-se à Caixa a torrar dinheiro dos contribuintes que jamais será restituído, diferentemente do que se passou o BPI e o BCP que pagaram com altíssimos juros o dinheiro que o governo lhes emprestou. Recordemos que tais "imparidades" são créditos malparados a empresas e figuras do regime para projectos inviáveis ou manobras viáveis do regime. Essas empresas e figuras do regime têm nomes e quem autorizou esses créditos também, mas a corte também composta por figuras do regime, algumas delas em concubinagem com as outras, prefere discutir mais auditorias aos créditos antes, defendem, durante, defendem outros, ou depois, defendem ainda outros. Como alguém escreveu «por uma vez, digam a verdade. Nós aguentamos». Claro que aguentamos, pois se o nossa auto-estima sobreviveu à operação Marquês.
Se a nossa auto-estima permanece incólume, o mesmo não acontece com a administração pública, com o SNS em decomposição, os enfermeiros a ameaçarem uma luta «sem precedentes» e a Fenprof a passar a certidão de óbito ao governo.
E tudo isto com a locomotiva que puxou pela economia portuguesa a perder o vapor - a OCDE reviu outra vez baixa a sua previsão de crescimento da Zona Euro de 1,8% em Novembro para 1%. Os efeitos já se notarem em 2018 que viu o saldo das balanças corrente e de capital descer para 903 milhões de euros, um terço do saldo de 2017. Vamos assistir a mais umas cenas cómicas do Ronaldo e do seu treinador Costa, que até agora atribuíram a si próprios o vapor da locomotiva, a queixarem-se que o problema é da conjuntura externa.
Como diria o Ti Célito, que nos restitui o optimismo dos néscios, temos de ter esperança no futuro já que segundo as projecções do Fórum para a Competitividade se a nossa produtividade não subir acima da média da UE (até hoje não subiu e em 2018 desceu 0,2% e na UE subiu 0.9%) estaremos a convergir para a média da UE nos próximos 130 anos, que atingiremos em 2149. Preparem-se, o futuro é já amanhã.
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