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10/03/2019

CONDIÇÃO FEMININA: A Worten faz mais pela emancipação de mulher do que a UMAR e a Capazes juntas

«A falta de mão de obra nos anos 60 do século passado, as crescentes habilitações escolares das raparigas, o acesso a água canalizada, as redes de  esgotos e a electrificação do país que permitiu a vulgarização de electrodomésticos fizeram mais pela qualidade de vida das mulheres que muitas das leis que se tornou lugar comum incensar como libertadoras. Por muito chocante que tal seja para os ouvidos sensíveis de quem imagina que tudo se deve ao intervencionismo estatal, em matéria de vida das mulheres as máquinas de lavar roupa, os frigoríficos e os supermercados com os seus horários alargados foram mais importantes que os manifestos feministas. O legislador que sonha países criados à força de decretos-lei e os políticos que se vêem libertadores privilegiam o papel das leis. Ou seja o seu papel. A realidade essa não se compadece com esses egos exacerbados e os activismos que os sustentam

Excerto de «O arraial da luta», Helena Matos no Observador

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