Cinco (Alípio Dias, Germano Marques da Silva, João Duque, Elvira Fortunato, Loureiro dos Santos) dessas 21 criaturas acreditam até prova em contrário e delegam o juízo deles nos juízes, o que é extraordinário, sendo a confiança algo pessoal e intransmissível.
Pelo menos sete dos 21 não podiam dizer outra coisa por razões de carreira (Luís Nazaré, Emídio Rangel, Delmiro Carreira), fidelidade a terceiros interessados (Eduardo Barroso), de interesses de negócio adquiridos (Joe Berardo) ou a adquirir (Horário Roque sonhando com o banco postal, Soares Franco sonhando com obras).
Em três das 21 respostas que o jornalista considerou sim, os inquiridos responderam coisas como:
- «se não fosse a situação do país, diria que não» (Van Zeller)
- «dar-lhe-ia mais uma oportunidade» (João Reis)
- «a sua credibilidade está seriamente abalada» (Júlio Machado Vaz)
- «Confio. Posso dizer que a minha confiança em Sócrates se mantém inalterada desde que descobri que ele não é de confiança.» (Luís Pedro Nunes)
- «Sim, porque Sócrates não tem culpa que o tio lhe chame Joselito nas televisões. Mário crespo só está interessado em entrevistar o Lobo Antunes e o Medina Carreira. Para além disso, todos sabemos que na Universidade Independente os cursos de inglês são melhores que os do Wall Street Institute» (Fernando Alvim)
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