“Estamos a fazer investimento público, como as barragens …” [as barragens são investimento privado. O Estado até recebe dinheiro pelas concessões]
“optamos por um défice elevado em 2009 para combater a crise …” [não houve opção nenhuma. As receitas simplesmente caíram a pique]
“usamos o défice para investimento público em barragens, hospitais, escolas …” [barragens foram pagas por privados, os hospitais por PPPs e as escolas por desorçamentação via Parque Escolar]
“usamos o défice para combater a crise …” [o défice deve-se sobretudo a perda de receita]
“já baixei o défice e sei como o fazer …” [de 2005 a 2007 baixou o défice à custa do aumento de impostos]
“foi o défice que salvou o mundo do colapso financeiro …” [o défice americano foi usado para salvar empresas falidas e estimular a procura, o português nem isso. O défice português deve-se em primeiro lugar a perda de receita. Aumento das despesas com desemprego, aumento dos salários públicos também ajudaram. Só uma pequena fracção do défice é que serviu de estímulo keynesiano]
“o défice salvou a banca …” [em Portugal faliram dois bancos, salvos pela CGD e por garantias públicas, mas nada disso contribuiu significativamente para o défice de 2009]
“o endividamento externo resolve-se com energias alternativas … assim não precisamos de nos endividar para comprar petróleo” [energia eléctrica produz-se a partir de gás natural e não de petróleo. O país tem que endividar para importar geradores eólicos]
“o saldo da balança tecnológica é positivo” [estamos a falar de um volume de exportações de 1000 milhões de euros (0.065% do PIB) e de um saldo de 65 milhões de euros (0.004% do PIB)]
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
25/02/2010
SERVIÇO PÚBLICO: a Cassete Sócrates segundo JM do Blasfémias
Etiquetas:
Conto do vigário,
E agora José?,
incorrigível
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário