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26/02/2010

A encomenda (Sócrates chamou-lhe um figo)

Relida a esta distância, a entrevista de 7 de Agosto do ano passado de Luís Figo a um diário da manhã focado na informação económica (?), propriedade da Ongoing - a propósito releia-se a série de posts «quem é o deus ex machina da Ongoing?» -, sabido o que sabe a partir das escutas do Face Oculta, é absolutamente transparente, nomeadamente as 3 perguntas que são o leitmotiv da entrevista.

«Faz uma avaliação positiva deste governo?
Ainda há muita coisa a fazer, mas, visto de fora, faço uma avaliação muita positiva do trabalho deste Governo nos últimos quatro anos. No momento em que estamos com as eleições à porta, é preciso garantir a estabilidade e continuidade das decisões que foram tomadas, para que a entrada de um novo governo não signifique que se começa tudo outra vez do início. Não é positivo para o país estar sempre a mudar de rumo e de opções e é sempre necessário algum tempo para as coisas produzirem efeitos.

No seu entender, era desejável que o actual governo ganhasse as eleições legislativas?A implementação de algumas opções políticas não se faz em quatro anos. As pessoas também têm a consciência que algumas das opções foram erradas, porque ninguém é perfeito, mas, havendo mais quatro anos de governação, esses eventuais erros podem ser corrigidos. Aliás, sou defensor de governos com dois mandatos para podermos avaliar a governação.

Fica claro em quem vai votar no dia 27 de Setembro...
Sempre votei em pessoas e não em partidos políticos. Eu vejo a energia de José Sócrates, a capacidade empreendedora, e espero que continue a ter essa capacidade de mobilizar o país. Bem precisamos! »

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