A propósito do post «a coisa nunca está tão má que não possa piorar», refere por email uma detractora acidental que «o Impertinências só escreve sobre essa pseudo-ciência deprimente que é a economia. Só fala de dinheiro, ou melhor da falta dele, de défices, de produtividades, esquecendo que, como disse, e muito bem, o nosso Presidente, há vida para além disso tudo. Tenho pena de si. Deve ser muito infeliz.»
Obrigado pelas suas palavras. Não posso estar mais de acordo, mas nestas alturas ocorrem-me sempre duas estórias.
Uma, que ouvi há muitos anos, contada por um consultor da COPRAI e passada no verão escaldante de 1975. A pessoa em causa tinha sido nomeada, sem sequer ter sido ouvida nem achada, para um qualquer soviete duma qualquer dessas centenas de empresas «ocupadas pelos trabalhadores». Saiu, para não mais voltar, ao fim de 15 minutos da primeira reunião onde se discutia o poder popular. Acabou a estória explicando que ele gostaria mesmo, mesmo, era de ser hippy, mas, infelizmente, como adorava uma camisinha lavada, tinha que fazer pela vida.
A outra estória, contada por um amigo cujo filho, com mais do que idade para ter juízo, depois de lhe fazer os discursos habituais sobre a alienação paternal pelo trabalho e de como o que é importante é ser feliz, lhe pede invariavelmente dinheiro.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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