Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

26/10/2004

SERVIÇO PÚBLICO: Regra de bolso para medir o apetite da vaca e a generosidade do tratador.

«Para avaliar Orçamentos de Estado, há vários anos que uso uma regra simples: olhar para o que aconteceu ao total da despesa pública. Esquecer as parcelas e considerar, antes de mais, o total dos totais, a soma de todos os montantes gastos pela globalidade do Sector Público Administrativo (que inclui Estado, Fundos e Serviços Autónomos, Administração Regional e Local e a Segurança Social). Se esse valor desceu, o Orçamento é bom; se se manteve ou subiu, o Orçamento é mau; se subiu muito e, sobretudo, se subiu em percentagem do PIB, o Orçamento é péssimo»,
escreveu o professor João César das Neves na sua coluna «Não há almoços grátis» no DN.

Quem foram os campeões a dar palha à vaca marsupial pública? Quase todos:

«O quadro é fácil de traçar, porque o total da despesa só desceu, em termos reais, em quatro anos desde o 25 de Abril: 1982, 1986, 1994 e agora, por margem mínima, no Orçamento para 2005. Mas este último, ao contrário dos outros, ainda não está executado. Se o cumprir, o dr. Bagão Félix ficará bem classificado à luz desta regra de bolso.»
Quem foram então os tratadores mais parcos a atulhar a vaca? Se a memória não me falha: João Salgueiro, Miguel Cadilhe, Braga de Macedo e talvez (um grande TALVEZ) Bagão Félix.

Sem comentários: