O problema de Portugal não são os espanhóis, ou a globalização, ou o Bush. O problema de Portugal não é a pesada herança do fassismo (d'après O Anacleto). É a pesada herança de si próprio.
O problema de Portugal não são os políticos, ou os artistas, ou os intelectuais, ou os empresários, ou os trabalhadores. Deixemo-nos de merdas. O problema de Portugal são os portugueses. E não é a falta de auto-estima. É o excesso de auto-estima filho da auto-satisfação e da auto-complacência e neto do desleixo, da indolência, da inveja, da cobardia, que alimentam a estupidez e a ignorância.
Não se vai a lado nenhum a dar graxa aos portugueses, dizendo-lhes que são tão bons como os melhores. Não são. Podem ser quando resolvem dar corda aos sapatos, vão embora e se libertam do sufoco do culto da mediocridade. Alguns podem ir embora cá dentro, mas são poucos, muito poucos.
[A propósito do Retrato de Portugal num Dia Cinzento, segundo o Jaquinzinhos]
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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