À força de querer parecer outro, o Dr. Pedro Nuno já não sabe quem é
Nos tempos em que se imaginava nos comícios a fazer tremer as perninhas dos banqueiros alemães ameaçando-os com «uma bomba atómica» e advertindo-os que «ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos a dívida», o Dr. Pedro Nuno conseguia mostrar uma aparente autenticidade de esquerdista infantil prescindindo do Porsche oferecido pelo pai para se mostrar solidário com os pés descalços que andavam nos transportes públicos. Durante a geringonça foi mantendo as aparências assumindo-se como porta-voz do berloquismo no interior do PS. Ao ascender à liderança do PS, imaginando-a como um trampolim para chefiar um governo socialista, o Dr. Pedro Nuno apercebeu-se rapidamente que aquele discurso não grudava e começou a ensaiar uma postura moderada e responsável. O resultado foi perder toda a autenticidade, perda que num político antecede a perda da credibilidade que, como dizia o falecido Belmiro de Azevedo, é como a virgindade – depois de perdida é irrecuperável.
Se a memória dos eleitores não fosse tão fraca e a dos socialistas inexistente…
… o passado dos governos do PS estaria constantemente a atormentá-los. O projeto da fábrica de petroquímica de La Seda em Sines, financiado pelo governo do Eng. Sócrates desde 2007 foi um desastre visível logo nos dois anos seguintes (ver a estória tratada numa dúzia de posts deste blogue e resumida neste). Quinze anos depois foi vendida por 100 mil euros depois de ter gerado perdas de 500 milhões de euros para a Caixa que fez, mais uma vez, o papel de La Putain de la Republique que Mme Deviers-Joncour descreveu e confessou ter desempenhado pour sauver les "putains" au masculin.
1 comentário:
Elementar, caro Watson : o santos é o Dâmaso redivivo...
Aquela atracção fatal pelo"chic" ( mesmo que não seja a valer...)...
Nessa área só tem o o sócrates bicharel como rival...
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