A evolução das sondagens mais recentes parece mostrar que a ligeira vantagem da AD está a minguar e na última sondagem da Intercampus o PS ficaria à frente da AD com 24,4% contra 23%. É difícil não admitir que a persistência da oposição, com a ajuda da maior parte da imprensa a escarafunchar os negócios do Dr. Montenegro, não tenha efeitos nas intenções de votos. Só as palavras “negócio” e “empresa” causam urticária num bom número de eleitores.
Se o Dr. Montenegro não perder as eleições não será por culpa do Expresso
No escarafunchar dos negócios do Dr. Montenegro há um especial destaque para o semanário de reverência que, mais uma vez, pelo pena do Grande Repórter Dr. Micael Pereira, dedica duas páginas do seu caderno principal para nos informar do resultado da sua investigação (que consistiu em consultar as contas anuais públicas do PSD depositadas na ECFP).
Nessas duas páginas o Grande Repórter elabora sobre as relações entre a família proprietária da gasolineira de Braga, por um lado, e, por outro, o Dr. Montenegro, a Spinumviva e o PSD, a quem a família doou em 8 (oito) anos a fabulosa quantia de € 30.500 (trinta mil e quinhentos euros). É certo que tal quantia está ainda longe dos mais de USD 200 milhões que o Dr. Musk doou à campanha do Dr. Trump, como também é certo que os € 30.500 da família Barros Rodrigues, ainda que tivessem sido pagos de um só vez, não lhe dariam direito a figurar a lista do Dr. Trump, mas é ainda certo que o Portugal dos Pequeninos é muito pequenino - apesar de ter um semanário com grandes repórteres - e os EUA, que já eram grandes, ficarão ainda maiores graças ao Dr. Trump.
Falta sempre qualquer coisa
Durante várias décadas, salvo em anos excepcionais, a taxa de poupança das famílias foi metade da média da UE, o que inevitavelmente reduziu a taxa de investimento também para cerca de metade (ver por exemplo este post).
A cartola do Dr. Montenegro é quase tão grande como a do Dr. Costa. Reembalando pacotes
Entretanto, o governo anuncia um pacote de 10 mil milhões para “responder a Trump” (titula o semanário de reverência, agora em serviço para outro cliente). E em que consiste o este pacote? Consiste no Programa Reforçar «para mitigar o impacto das tarifas de Donald Trump na economia e empresas nacionais» programa que, milagre dos milagres, «praticamente não tem impacto orçamental» garante o Dr. Miranda Sarmento. E a que se deve o milagre? Deve-se a ser apenas um arranjo de programas e medidas já existentes que não envolvem «praticamente» despesa adicional.
De modo que temos de ter fé e esperar que do aumento do salário mínimo, aproximando-se mais do salário médio e comprometendo a viabilidade da multidão de pequenas empresas em que assenta a economia, e de uma nova redução do IRS que o programa da AD prevê, resulte um incentivo à poupança e os empresários resolvam pedir crédito aos bancos para o investimento produtivo e os bancos se disponham a concedê-lo, saindo do business as usual do crédito para consumo e compra de habitação.
Quem não parece ter fé é o Conselho das Finanças Públicas que prevê que este ano não haverá superavit e no próximo ano voltaremos aos défices orçamentais.
Os portugueses «vão ter razões para confiar no SNS»
Queixou-se o Dr. Álvaro Almeida, nomeado há 2 meses director executivo do SNS, que «são precisos 19 especialistas para assegurar uma urgência e os hospitais têm entre 8 a 11». Achei (o “achismo” é uma metodologia a que é difícil escapar) que 19 especialistas era um bocadinho exagerado.
Resumindo-se a minha ciência em matéria de gestão hospitalar a ser vítima rara dos hospitais, achei que faria sentido perguntar ao ChatGPT o que ele acharia. E o ChatGPT achou que 12 seriam suficientes, já incluindo especialidades esotéricas como psiquiatras e especialistas em doenças contagiosas. Em conclusão, ou bem o recém nomeado director executivo está um bocadinho fora do contexto ou está a coleccionar desculpas a priori, sendo que nenhuma das possibilidade será uma razão para confiar no SNS, como nos prometeu o Dr. Montenegro.
Se o Dr. Montenegro não perder as eleições não será por culpa do Expresso
No escarafunchar dos negócios do Dr. Montenegro há um especial destaque para o semanário de reverência que, mais uma vez, pelo pena do Grande Repórter Dr. Micael Pereira, dedica duas páginas do seu caderno principal para nos informar do resultado da sua investigação (que consistiu em consultar as contas anuais públicas do PSD depositadas na ECFP).
Nessas duas páginas o Grande Repórter elabora sobre as relações entre a família proprietária da gasolineira de Braga, por um lado, e, por outro, o Dr. Montenegro, a Spinumviva e o PSD, a quem a família doou em 8 (oito) anos a fabulosa quantia de € 30.500 (trinta mil e quinhentos euros). É certo que tal quantia está ainda longe dos mais de USD 200 milhões que o Dr. Musk doou à campanha do Dr. Trump, como também é certo que os € 30.500 da família Barros Rodrigues, ainda que tivessem sido pagos de um só vez, não lhe dariam direito a figurar a lista do Dr. Trump, mas é ainda certo que o Portugal dos Pequeninos é muito pequenino - apesar de ter um semanário com grandes repórteres - e os EUA, que já eram grandes, ficarão ainda maiores graças ao Dr. Trump.
Falta sempre qualquer coisa
Durante várias décadas, salvo em anos excepcionais, a taxa de poupança das famílias foi metade da média da UE, o que inevitavelmente reduziu a taxa de investimento também para cerca de metade (ver por exemplo este post).
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A cartola do Dr. Montenegro é quase tão grande como a do Dr. Costa. Reembalando pacotes
Entretanto, o governo anuncia um pacote de 10 mil milhões para “responder a Trump” (titula o semanário de reverência, agora em serviço para outro cliente). E em que consiste o este pacote? Consiste no Programa Reforçar «para mitigar o impacto das tarifas de Donald Trump na economia e empresas nacionais» programa que, milagre dos milagres, «praticamente não tem impacto orçamental» garante o Dr. Miranda Sarmento. E a que se deve o milagre? Deve-se a ser apenas um arranjo de programas e medidas já existentes que não envolvem «praticamente» despesa adicional.
De modo que temos de ter fé e esperar que do aumento do salário mínimo, aproximando-se mais do salário médio e comprometendo a viabilidade da multidão de pequenas empresas em que assenta a economia, e de uma nova redução do IRS que o programa da AD prevê, resulte um incentivo à poupança e os empresários resolvam pedir crédito aos bancos para o investimento produtivo e os bancos se disponham a concedê-lo, saindo do business as usual do crédito para consumo e compra de habitação.
Quem não parece ter fé é o Conselho das Finanças Públicas que prevê que este ano não haverá superavit e no próximo ano voltaremos aos défices orçamentais.
Os portugueses «vão ter razões para confiar no SNS»
Queixou-se o Dr. Álvaro Almeida, nomeado há 2 meses director executivo do SNS, que «são precisos 19 especialistas para assegurar uma urgência e os hospitais têm entre 8 a 11». Achei (o “achismo” é uma metodologia a que é difícil escapar) que 19 especialistas era um bocadinho exagerado.
Resumindo-se a minha ciência em matéria de gestão hospitalar a ser vítima rara dos hospitais, achei que faria sentido perguntar ao ChatGPT o que ele acharia. E o ChatGPT achou que 12 seriam suficientes, já incluindo especialidades esotéricas como psiquiatras e especialistas em doenças contagiosas. Em conclusão, ou bem o recém nomeado director executivo está um bocadinho fora do contexto ou está a coleccionar desculpas a priori, sendo que nenhuma das possibilidade será uma razão para confiar no SNS, como nos prometeu o Dr. Montenegro.
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