Não há muitos rankings em que o nosso Portugal dos Pequeninos esteja quase no nono decil, posição que os mídia patrióticos não poderiam deixar de saudar, como o faz o semanário de reverência numa peça com o título «Interesse da Rússia “não é novo”: Portugal é o 12.º país (numa lista de 87) com maior volume de desinformação russa» onde nos dá conta de «um estudo realizado na Bulgária (que) coloca Portugal como uma das nações do mundo onde um grupo de desinformação russo mais opera. Os investigadores veem o país como um terreno de testes “interessante para as táticas de desinformação russas serem experimentadas e testadas”».
The Pravda Ecosystem: Publications Analysis Dashboard, Dec 2024-Mar 2025 |
Note-se que o 12.º lugar de Portugal é o segundo, a seguir à Dinamarca, dos países que não integraram (ainda) o Bloco Soviético.
Este interesse do agitprop do Império Russo, de resto já visível no comentário político na TV portuguesa sobre a invasão da Ucrânia por alguns militares portugueses, comentário classificável como um teste para as tácticas russas, é previsível, além de honroso, pelo menos desde que o apresentador Vladimir Solovyov do canal estatal "Russia-1" considerou que «os portugueses viveriam bem como parte do império russo» e sugeriu a anexação de Portugal após a «desnazificação da Alemanha».
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