Primeiro, a administração Trump congelou USD 250 milhões do financiamento de projectos de investigação biomédica à Universidade de Columbia e anunciou que cortaria todos os outros financiamentos. Dias mais tarde, os US National Institutes of Health (NIH) informaram a universidade que deixariam de pagar os salários dos investigadores em todos os projectos em curso. (fonte Science)
A seguir foi a vez das universidades Harvard, Brown, Northwestern Cornell e da Faculdade de Medicina Weill-Cornell a quem os NIH congelaram todos os financiamentos e o ministério da Saúde, do qual dependem os NIH, instruiu-os para não fornecerem nenhuma informação sobre o congelamento e os motivos. (fonte Science)
Essas universidades fazem parte de uma lista de 60, muitas delas privadas, que a administração Trump considera não terem reprimido o discurso "anti-semita" e terem adoptado os programas DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão). Não será necessário lembrar que da maioria dessas universidades sai o essencial da investigação em diversos domínios científicos o que, só por si, tem garantido a superioridade da ciência e da tecnologia americanas.
A universidade de Harvard instruiu os seus advogados (dois advogados republicanos de topo) para responderem acusando o governo de violar as garantias constitucionais das liberdades relativas à religião, expressão, reunião e direito de petição.
«It is unfortunate, then, that your letter disregards Harvard’s efforts and instead presents demands that, in contravention of the First Amendment, invade university freedoms long recognized by the Supreme Court. The government’s terms also circumvent Harvard’s statutory rights by requiring unsupported and disruptive remedies for alleged harms that the government has not proven through mandatory processes established by Congress and required by law. No less objectionable is the condition, first made explicit in the letter of March 31, 2025, that Harvard accede to these terms or risk the loss of billions of dollars in federal funding critical to vital research and innovation that has saved and improved lives and allowed Harvard to play a central role in making our country’s scientific, medical, and other research communities the standard-bearers for the world.»
Dias depois Harvard processou o governo em tribunal pelo corte de USD 2 mil milhões.
É claro que depois de uma década de "wokismo" em que todos dias a First Amendment foi desrespeitada pelo áctivismo com a complacência da direcção de Harvard esta não tem moral para apontar o dedo ao Trumpismo. Quem tem o direito de censurar ambos é quem defende o direito de livre expressão.
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