Semanário de reverência |
Note-se que neste caso a DOC não é Douro, Dão, Bairrada ou Alentejo, etc. Isso é para tesos sem pedigree. Este é o «icónico Château Petrus, produzido em Pomerol, a partir de casta Merlot e por muitos considerado o melhor vinho do planeta» que irá ser degustado na «iniciativa “Big Bottle Day” promovida pelo restaurante JNcQUOI Avenida», esse templo da piroseira endinheirada.
Podemos ser «um país mais corrupto, do que quatro dos sobreviventes do colapso do Império Soviético, mais corrupto do que uma ex-colónia (Cabo Verde), vários países árabes (Emiratos, Arábia Saudita), o Botswana, etc. Podemos estar no 38.º lugar do ranking (terceiro a contar do fim) dos países que apresentaram pedidos de patentes ao EPO. Podemos ter caído para o 30.º lugar no ranking, atrás de Eslovénia, Estónia, República Checa e Eslováquia para citar apenas os sobreviventes do colapso do Império Soviético, do Elite Quality Report 2023: Country Scores and Global Rankings (EQx2023) que classifica a qualidade das elites. Porém, tudo isso cede perante o facto de termos elites que degustam o «icónico Château Petrus, produzido em Pomerol».
1 comentário:
Certamente nas caves dos solares ainda permanecem os derradeiros ares dos ambientes imperiais de outrora.
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