Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

03/02/2025

Crónica de um Governo de Passagem (38)

Outras Crónicas do Governo de Passagem

Navegando à bolina
No Estado sucial não há conflito de interesses. Há interesses em conflito. Ainda dizem que o Bloco Central não privilegia a iniciativa privada

O Dr. Hernâni Dias, SE do Ordenamento, uma criatura prevenida, criou já no governo duas empresas imobiliárias antes da aprovação da Lei dos Solos. Uns dias depois demite-se de «consciência absolutamente tranquila» - estranho porque nesse estado de consciência não se deveria ter demitido.

O Dr. Carlos Lobo, um SE dos Assuntos Fiscais do Sr. Eng. Sócrates, ligado a empresas imobiliárias, foi consultor do governo do Dr. Montenegro nesta matéria. Ora aí aqui um exemplo de coexistência acima dos partidos.

Ainda assim, muito longe do governo do Dr. Costa

A demissão do Dr. Hernâni Dias, foi a primeira baixa do Dr. Montenegro. Na mesma altura, já o Dr. Costa já o Dr. Costa ia numa dúzia de demissões.

Um excedente orçamental que afinal é uma sobra

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental estima que a execução nos 3 primeiros trimestres de 2024 de apenas um terço da despesa anual prevista da bazuca (PRR) vai aumentar o excedente orçamental do ano passado e, em consequência, diminuir o deste ano.

A arte de dar Boas Novas

Primeiro o governo faz o anúncio da medida de obrigar os contribuintes a reportar na declaração de IRS os rendimentos sujeitos a taxas liberatórias não englobados, já reportados e pago o respectivo IRS, bem como os rendimentos isentos. Confrontado com o absurdo da medida, anuncia pouco dias depois que afinal já não será necessário esse reporte. Ora aí está um processo que se generalizado poderia melhorar a “percepção” pelos contribuintes da qualidade da governação.

Os portugueses «vão ter razões para confiar no SNS»

O edifício com sete pisos onde se concentram a maior parte dos serviços do Instituto Português de Oncologia está há vários meses com os elevadores avariados só funcionando o monta-cargas. E não, este não começa por ser um problema do governo. Começa por ser um problema de várias camadas de apparatchiks.

A medicina do costume - crescer (pouco) a cavalo do consumo

Segundo a estimativa rápida do INE, no último trimestre a taxa de crescimento homólogo subiu para 2,7% fazendo subir a taxa anual para 1,9%, apesar da retracção do investimento à custa da aceleração do consumo em parte financiado pela banca (os popós deram uma ajuda).

Sem comentários: