Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

30/03/2023

No Portugal dos Pequeninos a justiça não julga e não prende os políticos (alegadamente) corruptos. Para compensar, a imprensa amiga publica-lhes a opinião


Citando o acusado Dr. Manuel Pinho, ex-ministro e empregado do Dr. Salgado, o Dono Disto Tudo, é «um processo complexo que está sob investigação há 12 anos e cuja acusação tem 570 páginas, 85 volumes e mais de 100 apensos, isto fora o registo áudio do depoimento de testemunhas», processo que até hoje a justiça não conseguiu julgar, como não conseguiu julgar o processo da Operação Marquês com 53 mil páginas de provas, mais 6 mil páginas do despacho de um juiz e vários milhares de páginas dos recursos do MP, onde é acusado o ex-primeiro ministro socialista Eng. José Sócrates.

Durante estes 12 anos, aos acusados, nomeadamente ao segundo, a imprensa amiga foi dando acolhimento às suas opiniões, umas vezes escritas por comentadores ao seu serviço e outras escritas pelos próprios, directa ou indirectamente relacionadas com o processo. Só este ano, os dois citados tiveram oportunidade de ver publicados artigos de opinião saídos do seu punho: «Uma história de aflição» do Eng. Sócrates, no Expresso, e «Um "não" dito com convicção» do Dr. Pinho no Diário de Notícias.

Sem comentários: