Se as conclusões de um inquérito da empresa coverflex, com o apoio da Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas, abrangendo 814 participantes, tiverem alguma aderência à realidade laboral mostram uma mão-de-obra surpreendentemente moderna e arejada (ou, para os cépticos, não surpreendentemente lunática).
Não surpreende a preferência de 60% dos inquiridos por uma semana de quatro dias, nem mesmo a de 30% que preferiam uma semana de 32 horas. Começa a surpreender que um quinto dos inquiridos declare receber ajudas de custo em teletrabalho, uma retribuição que se destinar a compensar custos extraordinários e aleatórios, normalmente nas deslocações em serviço, quando neste caso se trabalha em casa e se suportam geralmente menores custos.
O mais surpreendente, porém, é o desejo manifestado por 23% dos inquiridos de terem uma parte da remuneração paga em cripto-moedas. Só me recompus da surpresa quando recordei a espantosa capacidade imaginativa dos indígenas mostrada por exemplo num estudo de opinião de há uma meia dúzia de anos que concluiu haver uma percentagem considerável de portugueses cujo local favorito para o sexo era junto a uma lareira, um dispositivo presente apenas numa pequena percentagem de habitações.
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