Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

22/08/2021

A esquerdalhada nunca se engana no lado. Mais do que apreciar os talibãs, odeia os Estados Unidos, o Ocidente, a liberdade e a democracia liberal

«Ao longo da semana, formal ou informalmente, surgiram por aí inúmeras manifestações de relativização ou simpatia face aos talibãs. Do PCP ao BE, passando pelas zonas menos envergonhadas do PS actual, não se pouparam esforços para celebrar a derrota do “neoliberalismo” e a tomada de Cabul pelas forças “progressistas” (cito um candidato autárquico). E não, não estamos a falar de um daqueles movimentos patetas que prescrevem a virgindade antes do casamento. Trata-se dos talibãs, os bons e velhos talibãs das barbas e do surro, das castrações públicas e da escravização das mulheres, dos genocídios literais e simbólicos, que de resto já retomaram as tradições que os celebrizaram.        

Não há nada de novo. Se de um lado temos um psicopata a degolar infelizes e do lado oposto um infeliz degolado, os comunistas nunca se baralham na escolha. Lembram-se da última vez em que os comunistas hesitaram a decidir entre o totalitarismo e a democracia? Aconteceu há oitenta anos e apenas porque puderam opor-se a um regime assassino em prol de um regime assassino similar. Caso os nazis não tivessem violado o pacto germano-soviético, os comunistas negariam hoje o Holocausto com a ênfase com que negam o Holodomor, o Gulag e a bestialidade que calhar.»

Os talibãs de trazer por casa, Alberto Gonçalves no Observador

1 comentário:

Bilder disse...

E vão vir(como diria o Futre) centenas de aviões(charters?)com afegãos e suas familias,incluindo talvez,futuramente e brevemente,as várias esposas de cada macho.E cuidado,para Portugal virão muitos mais dos que era suposto,disse o empossado em ministro dos estrangeiros negociados.E pronto,é isto...ah,parece que rebentou mais uma em Cabul(hoje domingo).