O Dr. Costa reentronizado
Reeleito com uma maioria norte-coreana, o Dr. Costa foi durante o fim de semana consagrado como chefe do partido que continuará a comandar rumo à vitória eleitoral nas eleições autárquicas, onde soterrará provavelmente a oposição e em particular o Dr. Rio que talvez então perceba estar acabada a sua candidatura a vice-primeiro ministro.
O Estado sucial do Dr. Costa está cada vez mais parecido com o Estado Novo
O governo prepara-se para acrescentar no Código Penal uma nova sanção para o crime de «discriminação e incitamento ao ódio e à violência» que consistirá na expulsão da profissão de funcionários públicos, docentes e jornalistas. Sem dificuldade, o desrespeito da linguagem inclusiva poderá ser considerado crime de ódio.
A descentralização vista pela nomenclatura do regime
Alguém fez as contas e concluiu que 68 deputados (30% do parlamento) são candidatos nas eleições autárquicas e, se não forem eleitos, continuarão com lugar garantido. Qualquer que seja a explicação, é um claro sintoma da profunda moléstia do regime.
L'État c'est nous
Socialistas e comunistas aprovaram disfarçadamente no parlamento uma aparentemente inócua alteração ao Programa de Apoio à Economia Local de onde resultaria o fim das sanções para os cinco autarcas do PS, incluindo uma actual secretária de Estado do Dr. Costa, e um do PCP, todos com processos em curso na IGF dos quais poderia resultar a perda de mandatos. Desta vez S. Ex.ª estava atento e vetou a manigância.
O governo pretende acabar com os concursos internacionais para professor associado e catedrático. É mais um passo no sentido da consolidação na universidade do nepotismo e da endogamia do luso-socialismo como modalidade da kakistocracia.
Ineficiente, sempre. Ineficaz quando possível
Já o escrevi a semana passada: depois de quase 9 meses de leilões com 9 a 12 rondas diárias de tirinhas de GHz para fazer render o peixe, a Anacom conseguiu que o Portugal dos Pequeninos fosse um dos dois únicos países da UE que ainda não tem oferta comercial 5G. Acrescento agora que o leilão montado pela Anacom é um anacronismo segundo o economista Paul Milgrom, que deve saber do que fala porque recebeu o Nobel da Economia em 2020 pelo seu trabalho na Teoria dos Leilões.
Insanidade é fazer a mesma coisa e esperar resultados diferentes
O mercado de arrendamento esteve de 1919 até à década de 80, «intervencionado» pelo Estado com o congelamento das rendas e a inflexibilidade contratual dos arrendamentos para habitação, com os resultados conhecidos, ainda hoje visíveis, do aumento das rendas e da degradação do parque habitacional. Pois bem, o governo lançou uma sonda para ver as reacções a manter congeladas as rendas fixadas antes de 1990.
A Paz Social é quando der jeito
O número de pré-avisos de greve depois de uma quebra enorme em 2020 recomeçou a aumentar este ano e atingiu 371 até Julho. Com aproximação das eleições autárquicas e a discussão do OE 2022 os comunistas estão a renovar o seu atestado de vida: greves no SEF que paralisam os aeroportos e nos transportes colectivos do Porto,
Quando partirem o mealheiro lá vai a balança comercial para o maneta
Os portugueses que têm sido dos europeus que menos poupam, com o susto da pandemia começaram a fazer um pé-de-meia que no final de Julho atingia 170 mil milhões de euros em depósitos em bancos (quase 80% do PIB de 2020), vencendo juro zero ou perto disso, em vez de serem aplicados no investimento através de um mercado de capitais que, em boa verdade, é uma ficção.
No Estado Sucial não há conflito de interesse. Há interesses em conflito
O Dr. Froes, médico, investigador e coordenador da UCI do Hospital Pulido Valente, é também consultor da DGS, coordenador do gabinete de crise da OM, membro do Conselho Nacional de Saúde Pública, comentador da pandemia nas televisões e jornais e ainda tem tempo para a Pfizer e a AstraZeneca que lhe pagaram desde 2013 um total de quase 400 mil euros. (Expresso)
Queda monumental»
O regime de lay-off que já existia desde 2006 para evitar despedimentos e facilitar a recuperação de empresas em dificuldades com quebras de vendas, foi adaptado e usado com algumas particularidades durante a pandemia. O regime tradicional está a voltar a ser usado (13.482 trabalhadores em Julho, um aumento de 58%) para adiar falências em muitos casos inevitáveis, falências que aumentaram 11% no segundo face ao primeiro trimestre.
«Pagar a dívida é ideia de criança» e, se tiver de ser, que seja tarde
«O IGCP recomprou 1.080 milhões de euros em obrigações com maturidade em 2023 (com taxa de juro de 4,95%) e 281 milhões de euros em obrigações com maturidade em 2024 (5,65%); em contrapartida, “vendeu” a estes investidores 1.025 milhões de euros em títulos que vencem em 2028 (2,125%) e 336 milhões de euros em títulos que vencem em 2037 (4,1%).» (Eco) Não é maravilhoso? Os investidores-benfeitores trocam OT por outras com juros de menos 2,8 e menos 1,55 pontos percentuais e com maturidades de mais 5 e mais 13 anos, respectivamente. Faltou dizer que os investidores-benfeitores encaixaram na troca umas consideráveis mais-valias que o governo pagou para adiar o reembolso.
«O IGCP recomprou 1.080 milhões de euros em obrigações com maturidade em 2023 (com taxa de juro de 4,95%) e 281 milhões de euros em obrigações com maturidade em 2024 (5,65%); em contrapartida, “vendeu” a estes investidores 1.025 milhões de euros em títulos que vencem em 2028 (2,125%) e 336 milhões de euros em títulos que vencem em 2037 (4,1%).» (Eco) Não é maravilhoso? Os investidores-benfeitores trocam OT por outras com juros de menos 2,8 e menos 1,55 pontos percentuais e com maturidades de mais 5 e mais 13 anos, respectivamente. Faltou dizer que os investidores-benfeitores encaixaram na troca umas consideráveis mais-valias que o governo pagou para adiar o reembolso.
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