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13/12/2020

Lost in translation (344) - «Deixar desaparecer a TAP era como deixar desaparecer a Autoeuropa ou pior»

Disse no parlamento o Dr. Siza Vieira, ministro da Economia e uma das poucas pessoas no governo a quem ainda restava um módico de siso. Mas porquê seria como ou pior, se, como o próprio ministro reconheceu, a Autoeuropa facturou 3,7 mil milhões e foi o maior exportador e a TAP facturou 3.4 milhões?

Sem esquecer, o que ele esqueceu, que a Autoeuropa anda por cá a exportar há 25 anos com um investimento alemão e até hoje os contribuintes não foram esportulados para lhe injectar dinheiro, ao contrário da TAP que apresenta um resultado positivo em cada dez anos, e esquecendo as injecções de capital do passado, vai absorver, na melhor hipótese uns 4 mil milhões de dinheiro dos contribuintes nos próximos anos.

Perante a dificuldade de interpretar o pensamento do Dr. Siza Vieira, fiz o que aqui em casa costumamos fazer com as traduções difíceis e submeti a coisa ao nosso web bot de AI com machine learning baseada numa Neural Network com acesso a servidores de Big Data. Eis o resultado:
«Se a TAP desaparecesse teríamos de tirar o brinquedo ao Pedro Nuno - desde pequenino ele tem uma fixação em aviões - e o rapaz ficaria frustrado e com tempo disponível para conspirar full time contra o António nas distritais e concelhias. O que nunca aconteceria com o desaparecimento da Autoeuropa porque jamais os alemães deixariam que o rapaz lá pusesse as mãozitas.»
Já agora, ocorre-me que as preocupações do Dr. Pedro Nuno Santos, partilhadas por S. Ex.ª, um e outro melhores dos melhores na aviação mundial, quanto às consequências de deixar falir a TAP, segundo eles catastróficas, se enquadram no que no (Im)pertinências chamamos o efeito Lockheed TriStar.

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