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26/04/2019

Nada se perde, salvo as cabeças guilhotinadas

Lavoisier e sua mulher em 1788,
Metropolitan Museum of Art, NY
No próximo dia 8 de Maio completam-se 225 anos do assassinato de Antoine Laurent de Lavoisier, justamente considerado o pai da química moderna, também economista e filósofo.

Lavoisier enunciou pela primeira vez a lei da conservação da matéria («rien ne se perd, rien ne se crée, tout se transforme»), decompôs a água e identificou e baptizou o oxigénio.

Tudo isso foi feito nos escassos 45 anos de idade que viveu antes de ser guilhotinado depois de um julgamento sumário durante o Terror, acusado de ser inimigo do povo e traficar tabaco adulterado (na verdade podia ter sido qualquer outra coisa).

Antes do Terror tinha sido comissário das finanças da Convenção encarregado de reformar a cobrança de impostos, talvez o verdadeiro motivo por que lhe cortaram a cabeça.

Nas palavras do presidente do tribunal revolucionário que o condenou: «La République n'a pas besoin de savants ni de chimistes; le cours de la justice ne peut être suspendu

2 comentários:

Anónimo disse...

Azar o ter-se casado com a filha do chefe da la Ferme Générale que geria os impostos. Mme Lavoisier foi uma presença viva e actuante nos seus estudos científicos. Livrou-se de ser morta pelos revolucionários. Depois casou com Sir Benjamin Thompson, Count Rumford, um aldrabão de génio.

Oscar Maximo disse...

E a prova que não precisamos destes químicos nem destas Leis, é que ainda há meia dúzia de anos os produtores de petróleo decidiram em reunião: 1) Aumentar a produção. 2) Reduzir as emissões.