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14/04/2019

Arranjem um lugar ao rapaz. Ele merece! (3)

Outros apelos para arranjarem um lugar ao rapaz: (1) e (2)

Com esta é a terceira vez que faço este apelo ao governo, à geringonça, enfim, a quem de direito, para oferecer um lugar, de porta-voz, de consultor de imagem, de guru, de conselheiro, de estratego, seja lá do que for, ao jornalista de causas / militante / comentador / analista,  ex-comunista, ex-Plataforma de Esquerda, ex-Política XXI, ex-bloquista, ex-Livre, ex-Tempo de Avançar, ufa!, Daniel Oliveira.

Com toda a justiça, como se percebe uma vez mais pelo seu escrito «Joe Berardo, o comendador da garagem» onde desfaz a criatura, «um homem que parecia vigarista, cheirava a vigarista, falava como um vigarista mas era um comendador», dizendo dela o que Cristo não disse dos fariseus, e onde aponta o dedo acusador a Ramalho Eanes, Jorge Sampaio e até a Chirac que fizeram dele comendador e, por isso, segundo Daniel Oliveira, o tornaram palatável aos bancos que lhe emprestaram dinheiro para comprar acções do BCP, deixando-lhes nas mãos um gigantesco calote e como garantia papel que não vale uma dízima do que lhe emprestaram.

E o milagre, sim, é um verdadeiro milagre, fruto da sua vocação de bactéria diligente-mor da fossa séptica socialista, é que o camarada Daniel consegue escrever tudo isso sem uma única vez evocar ter sido o governo de Sócrates a ceder-lhe o centro de exposições do CCB por 10 anos, prometendo-lhe pagar meio milhão de euros por ano e obrigando-se a comprar a colecção no final, se Berardo a quiser vender, e sem evocar que o mesmo governo de Sócrates o colocou em 2007 ao serviço do assalto ao BCP (ver I, II, e III), encarregando Santos Ferreira, Armando Vara e Ricardo Salgado de lhe emprestarem dinheiro através da Caixa, do BES e do próprio BCP, para comprar acções do BCP.

Como aliás o Joe nunca escondeu, dizendo para quem o quis ouvir «nunca lhes fui lá pedir dinheiro. Eles [os bancos] é que vieram oferecer. Fiz um volume de negócios em três ou quatro anos que acho que foi de quase seis mil milhões de euros. ‘O sr. Berardo quer comprar acções?’ Era assim. Era o que estava na moda

Digam lá, não é verdade que um lugar de bactéria diligente-mor se está a tornar inadiável?

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