Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

13/07/2018

Há fechos de serviços públicos maus e bons. Depende de quem fecha

«É desta vez que a Maternidade Alfredo da Costa fecha mesmo? Até ver, já está com menos três salas de parto. Muita gente, entretanto, pergunta onde está a agitação, o movimento, as iniciativas jurídicas que “salvaram” a instituição nos anos da troika? A resposta é fácil: em lado nenhum, porque no governo já não estão o PSD e o CDS, mas o PS, com o amparo do PCP e do BE. A actual oposição bem se esforça por fazer notar as carências e aflições dos serviços públicos. Ninguém parece ralar-se muito. As multidões dispostas a morrer pela Maternidade esfumaram-se no dia em que António Costa tomou posse. Com este governo, deixou de haver alarme sobre os hospitais, angústia sobre as escolas, indignação acerca dos comboios, revolta por causa da “cultura” – e no entanto, nunca o investimento público foi tão baixo, nunca os serviços estiveram tão constrangidos, e nunca a ruptura, em muitos casos, pareceu tão iminente. Porquê?»

A Maternidade já pode fechar?, Rui Ramos no Observador

Sem comentários: